Esta semana um deputado do Rio de Janeiro nos agraciou com o que seria uma técnica revolucionária para evitar que pessoas continuem “virando” gays. Segundo o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) ” bater nos filhos pode ajudar a mudar um suposto comportamento homossexual da criança”.
Muito bem deputado! Sua dica é um exemplo que deve ser seguido por todos os pais que desejam que seus filhos sejam machos, valentes, sem frescuras e que cresçam cheios de traumas, rancores e revoltas contra os pais e a sociedade e que, já nos primeiros anos de convívio social começarão a bater nos coleguinhas, não respeitarão seus professores e causarão alguns pequenos incômodos aos pais. Mas nada comparado à grande tragédia que seria ter um filho gay, certo? Mesmo que na adolescência ele bata em mendigos e venda a TV de LED da família pra comprar drogas, ainda assim, esses pais estarão no lucro, afinal, podia ser pior…
Claro que é possível que a criança, mesmo tendo apanhado muito dos pais ao menor sinal de “desvio sexual”, não caia no mundo das drogas e nem bata em mendigos. É possível que essa criança, de tanto ouvir que ser gay é uma desgraça, entenda perfeitamente o que ela precisa fazer pra acabar de vez com esse mal que é a homossexualidade: bater em gays. E esse tipo de atitude realmente deve deixar esses pais muito orgulhosos.
Infelizmente a sugestão desse deputado não acaba com a ignorância, pois, se acabasse, eu iria sugerir que alguém desse uma surra nele. Uma assim meio diferenciada. Do tipo “quebrar lâmpadas fluorescentes” na cabeça da pessoa.
Bem, sou dos que não acreditam nessa coisa de que a pessoa, não pode escolher sua “orientação sexual”. Não se pode escolher se nasce macho ou fêmea, mas pode-se escolher com quem fazer sexo!
Berg, se vc “escolhe” se quer ter relações sexuais com homens ou mulheres então eu tenho uma notícia pra você: você é bissexual! Nesse caso vc realmente pode escolher, afinal, tanto faz se é um homem ou uma mulher… E, assim, você pode seguir o que seus princípios morais e religiosos mandam você seguir.
Falei sobre a “escolha” da orientação sexual em um dos meus primeiros posts (Ser ou não ser gay – a gênese). Dá uma lida nele e depois me conta exatamente o que foi que você pediu pra fada da sexualidade.
Abraço!
Olha, o que mais revolta é ver este tipo de depoimento na televisão, ver trocentas pessoas revoltadas com a mesma “jeguice”, e não poder fazer absolutamente nada. Pra mim isso tem cara de qualquer coisa, menos de democracia.